As 8 fases da Lua

Em continuação à palestra do André G. Nogueira, estão as 8 fases da lua e como trabalhar cada fase...em seguida um calendario de agosto à dezembro dessas 8 fases.

Divirtam-se

MAGIA COM AS OITO FASES LUNARES

LUA NOVA: (do dia da Lua Nova a 3 ½ dias depois) - Inicia-se na conjunção entre o Sol e a Lua e dura até que  a Lua afaste-se 45° graus dele, movendo-se na direção contrária a do relógio.  A Lua nasce ao oeste do Sol por volta das seis horas da manhã e se põe a seis horas da tarde, aproximadamente.    Sincronismo: A magia deve ser executada entre o alvorecer e o pôr do sol para melhor uso.            Conjuração:    Novos empreendimentos, novos começos, beleza, saúde, auto-ajuda,  amor e romance, jardinagem e plantio.                                                             

LUA CRESCENTE: (de 3 ½ dias depois da Lua Nova ao 7º dia) - Começa quando a Lua está a 45° graus do Sol e termina quando se encontra afastada dele em até 90° graus.  Sincronismo: A Lua nasce ao meio-dia e e se põe ao pôr do sol.  Conjuração: Animais, negócios, emoções e força matriarcal.                                                                                                                                                                 

LUA DO PRIMEIRO QUARTO: (de 7 á 10½ dias depois da Lua Nova) - Inicia a 90° graus do Sol e finda a 135° graus dele.  A Lua nasce ao leste do Sol aproximadamente ao meio-dia e se põe a meia-noite.  Sincronismo: O pôr do sol é o momento principal para iniciar a magia da Lua. O crepúsculo é auspicioso para magia com fadas, altares e oferendas para este povo é bem aceito nesta fase.   Conjuração: Coragem, magia elemental, amigos, sorte, motivação.  

                  

LUA CORCUNDA/CONVEXA/GIBOSA - (de 10½ a 14 dias depois da Lua Nova) - Começa quando a Lua está a 135° graus do Sol e termina quando a 180° graus dele.  A Lua nasce aproximadamente no meio da tarde e se põe as 3h da manhã.   Sincronismo: Tempo maravilhoso com magia ao redor das 22h ás 23h.  Conjuração: Paciência.     

           

LUA CHEIA: (14 dias depois da Lua Nova) - Esta fase tem início quando a Lua encontra-se a 180° graus do Sol e afasta-se dele até 225° graus.  A Lua Cheia é visível toda a noite, nascendo por volta das 18h a leste do Sol e se pondo as 6h da manhã.  Sincronismo: A meia-noite é o melhor horário para trabalhar a magia.  É energia extra para qualquer trabalho mágico.  Conjuração: Esforços artísticos, beleza, saúde e aptidão; mudanças e decisões, crianças, competição, sonhos, famílias, conhecimentos e empreendimentos legais, amor e romance. Dinheiro, motivação, proteção, psiquismo e auto-ajuda, profecia, adivinhação.           

                                      

LUA DISSEMINANTE:  (De 3½  a 7 dias depois da Lua Cheia) - Disseminar significa dispensar.  Tem começo quando a Lua está a 225° graus do Sol e término a 270° graus do mesmo. A Lua nasce no meio da noite e se põe no meio da manhã.   Sincronismo: A melhor hora para trabalho com magia é a partir das 3h da manhã.  Conjuração: Decisões, divórcio, emoção, estresse e proteção.     

                                                                                                                             

LUA MINGUANTE/ÚLTIMO QUARTO - (De 7 a 10½ dias depois da Lua Cheia) -  Inicia-se ao término da Lua Disseminante a 270° graus e finda a 315° graus do Sol.  A Lua nasce a oeste do Sol a meia-noite e se põe ao meio-dia, aproximadamente.  Sincronismo:  A magia com a lua minguante é melhor trabalhada ao redor das 6h.      Conjuração: Adição, divórcio, saúde e

e bem estar ( banimento de doenças, banir vícios, e negatividade) estresse e proteção.

LUA BALSÂMICA - (De 10½ a 14 dias depois da Lua Cheia) - Esta é a última fase, a Lua deve estar a 315° graus e 360° graus do Sol.   Sincronismo: A Lua nasce as 3h da manhã e se põe no meio da tarde. Apesar de parecer estranho o melhor horário para magia com a  Lua Escura ou Balsâmica é ao redor das 10h.  Conjuração: mudanças, divórcios, inimigos, justiça, obstáculos, discussões, separação.        

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Eclipses e Magia

Ontem tive o prazer de assistir a uma palestra muito interessante do meu amigo André G. Nogueira sobre magia e eclipses e com a autorização dele vou disponibilizar aqui no blog essa palestra muito interessante , sobre eclipses e as 8 fases lunares, nesse primeiro post estão os eclipeses e no proximo as fases lunares!

Boa Leitura e obrigada André pela colaboração.

Existem diversas opiniões quanto ao Eclipse Lunar e o que este pode significar. Muitas pessoas acreditam que num Eclipse Lunar (e também no Solar) ocorre um encontro da Deusa e do Deus e a sua união.    Outras pessoas acreditam que é uma fase que simboliza o nascimento, morte e renascimento. Uma passagem da Luz para a Escuridão e para a Luz de novo. Sendo assim uma altura de começo/fim/recomeço é uma boa altura para fazer banimentos e para renovar-nos a nós mesmos.

Sendo um momento de tanta carga energética, é algo a ter cuidado. Um eclipse aumenta tanto as energias como a responsabilidade de quem faz algo nessa noite.

Logo o que é aconselhável é, nos primeiros eclipses, simplesmente sentar-se debaixo da luz da Lua e sentir as energias. Começar a familiarizar-se com as energias deste período lunar para que quando decida fazer algum rito ou trabalho nesta altura especial, saiba com o que está a trabalhar, como deve agir e a responsabilidade que tem em mãos.

Seguindo esta linha de pensamento (do micro-ciclo lunar durante o Eclipse) podemos considerar que quase todos os trabalhos podem ser feitos nesta noite (banimentos, novos começos, trabalho com as capacidades intuitivas, etc.). A principal influência energética será a da Lua Cheia mas também estarão presentes as energias das restantes fases lunares.

É um raríssimo fenômeno de alinhamentos que ocorre quando a Lua se interpõe entre a Terra e o Sol, ocultando completamente a sua luz numa estreita faixa terrestre.

Devido a essa energia é que muitas são as pessoas que são afetadas por este acontecimento. Mudanças súbitas de humores, mudanças súbitas na nossa vida, mudanças de energias, etc. Este é o momento ideal para qualquer trabalho que necessite de ação rápida e de bastante energia. Mas, claro, é necessário ter bastante cuidado porque tal como é forte e rápido também é difícil de desfazer e perigoso de mexer. É necessário ter os conhecimentos adequados e absolutas certezas antes da realização dos ritos.

Assim sendo, o Eclipse Solar é a altura ideal para novos começos e para banimentos (isto também é ajudado com o fato de que o Eclipse Solar ocorre sempre em Lua Nova que, por si só, é já um ótimo momento para estes rituais).

Eclipses Solares e Lunares acontecem em pares. Um eclipse Solar é sempre seguido por um eclipse Lunar, com um intervalo de 14 dias.

Por ser um fenômeno raro de se observar em um dado local da Terra, os eclipses (do Sol de da Lua) eram associados à idéia de anunciarem grandes acontecimentos, principalmente ruins.

Um eclipse da Lua ocorre quando esta, em seu movimento em torno da Terra, atravessa a sombra do nosso planeta. Como essa sombra está sempre do lado oposto ao Sol relativamente à Terra, para haver eclipse lunar é preciso que a Terra esteja entre a Lua e o Sol e ao longo da linha reta que passa por esses dois astros.

Com essa disposição do Sol, Terra e Lua, um eclipse lunar acontece sempre na Lua Cheia. Além disso, a Lua é menor que a Terra e a sombra desta pode cobrir toda a superfície do nosso satélite. Nesse caso, temos um eclipse total. Quando, entretanto, o alinhamento entre os três astros não é exato, ocorre um eclipse parcial, no qual apenas uma parte da Lua fica coberta pela sombra da Terra.

A Terra e a Lua se movem no espaço; vista da Terra, a Lua se desloca no céu com sentido de oeste para leste, deslocando-se aproximadamente um diâmetro a cada hora. Então, quando há um eclipse lunar, a sombra da Terra atinge a Lua no seu lado voltado para o leste e a deixa pelo seu lado voltado para o oeste.

Se o plano da órbita da Lua em torno da Terra fosse alinhado com o plano da órbita da Terra em torno do Sol, teríamos eclipses solares e lunares totais a cada duas semanas, alternadamente, pois a Lua se alinharia perfeitamente com a Terra e o Sol duas vezes durante sua órbita. Mas o plano da órbita da Lua em torno da Terra é inclinado em cerca de 5 graus em relação ao plano da Terra em torno do Sol, o que faz a Lua passar a maior parte do ano por baixo e por cima da linha Terra-Sol, alinhando-se apenas duas vezes por ano, quando ocorrem eclipse solares e lunares (duas semanas depois).

Próximos eclipses

Novembro

Dia: 13
Tipo de Eclipse: Eclipse Total do Sol
Início: 19:38
Fim: 19:42
Visível: Antártica, Austrália, América do Sul e a sul do Oceano Pacífico

Dia: 28
Tipo de Eclipse: Eclipse Penumbral da Lua
Início: 12:13
Fim: 16:53
Visível: África Oriental, Europa, Ásia, Austrália, América do Norte, Groenlândia, 
Oceano Índico e Pacífico

Como se trabalhar eclipses na magia – Um guia introdutório

Nós vivemos em um mundo que parece tão organizado: o sol surge, vai cruzando o céu e então se põe.  A lua vai através de suas fases de nova para cheia e assim por diante.  Então, alguma coisa incomum, rara acontece e parece perturbar a ordem de adaptação do cosmo para um caos.  Uma noite, quando a lua surge linda e cheia, ela começa a mudar, primeiramente, isso é tão sutil. Então, vagarosamente a Lua começa a obscurecer e o mais alarmante, ela desaparece.

Trabalhar magicamente durante um eclipse é considerado magia avançada. Porque para entender a magia do eclipse você deve entender a magia do tempo e da estação.  Você deve ser capaz de intensificar e focalizar a energia sem dar importância a um tempo limitado.  A essência de um eclipse é a sensação similar que sentimos em um círculo mágico.

ECLIPSE SOLAR - Durante o eclipse solar, nós experimentamos o que deve ser chamado de “micro-ano”. O sol está inteiro, parcialmente ou completamente escondido e então, visível novamente.  Durante poucos minutos, uma energia similar a um círculo completo de solstícios e equinócios podem ser sentidos.  Além do que, nós estamos conscientes da presença da Lua. A sombra dela cai através da Terra, do mesmo modo que ela surge entre o Sol e a Terra. O eclipse solar só pode ocorrer durante a Lua Nova e pode não ser visível para se trabalhar magia. Durante um eclipse solar, a umbra da Lua na Terra tem sempre menos que 270 km de largura. Como a sombra se move a pelo menos 34 km/min para Leste, devido à órbita da Lua em torno da Terra, o máximo  que um eclipse solar dura é  7 1/2 minuto, isso se for um eclipse total. Portanto um eclipse solar total só é visível, se o clima permitir, em uma estreita faixa sobre a Terra, chamada de caminho do eclipse. Em uma região de aproximadamente 3000 km de cada lado do caminho do eclipse, ocorre um eclipse parcial e pode ultrapassar a 3 horas, em uma determinada região.

O eclipse solar é o símbolo da escuridão e é um tempo para rituais de observação que ligam o praticante aos trechos da passagem da morte no ciclo da vida. Ótima oportunidade para se comunicar com o reino das sombras, honrando os deuses negros, ancestrais, ser visitado por espíritos que já partiram e trabalhar com instrumentos da magia da escuridão.

ECLIPSE LUNAR – Durante um eclipse lunar, nós presenciamos o que pode ser chamado de “micro-mês”. A Lua está cheia, parcialmente ou completamente escondida e visível novamente.  Apenas durante poucos minutos, uma energia similar a um círculo completo de Cheia/Disseminante/Minguante/Balsâmica/Nova/Crescente/Primeiro Quarto/Gibosa e Cheia podem ser sentidos.  Ao crescimento da energia cíclica, nós estamos conscientes da presença da Terra.  A sombra dela cai através da lua, assim que ela aparece entre o sol e a lua.  Ambos, a Lua e a Terra são femininas e é um ótimo tempo para honrar as deusas negras, as ceifeiras. A magia oferece trânsito entre os mundos para o além-mundo. Os poderes escuros são mais do que personificação de influências negativas na vida e as energias intensificadas através de imagens escuras do divino são mais potentes.                

Um eclipse lunar ocorre quando a Lua entra na sombra da Terra.  À distância da Lua, 384 mil km, a sombra da Terra, que se estende por 1,4 milhões de km, cobre aproximadamente 3 luas cheias. Em contraste com um eclipse do Sol, que só é visível em uma pequena região da Terra, um eclipse da Lua é visível por todos que possam ver a Lua. Como um eclipse da Lua pode ser visto, se o clima permitir, de todo a parte noturna da Terra, eclipses da Lua são muito mais freqüentes que eclipses do Sol, de um dado local na Terra. A duração máxima de um eclipse lunar é 3,8 hr, e a duração da fase total é sempre menor que 1,7 hr.  

 André Nogueira 

  andre_gnogueira@yahoo.com.br

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Musicas Pagãs

Ultimamente tenho tido pouco tempo para postar textos, emprego novo, rotina nova e até eu organizar a minha vida os pots vão ter um intervalo um pouco grande entre um e outro.

Para me redimir desta semana que teve pouca coisa, decidi fazer uma publicação só de bandas pagãs e musicas ou bandas que não recebem este título mas tem um conteúdo pagão nas suas letras; Estou publicando aqui uma musica de cada banda, as musicas que eu mais gosto mas estas bandas possuem mtas musicas boas, vale a pena dar uma olhada na discografia delas, espero que gostem..!!

Até Mais!!

1- Omnia - Alive

2- Faun - Egil Saga

3- Corvus Corax - Isabella

4- Daemonia Nymphe - Selene

5- Loreena Mckennit - The Mummer's Dance

6- Eluveitie - Ommnos

7- Thuata de Danann - Finganform

8- Lisa Thiel - Faery Song

9- Creen Crow - Witches' Reel

10- Globus - Take me Away

11- Oliver Shanti - Sacral Nirvana

12- Celtic Woman - The Voice

Tem mtas outras mas para esse post não ficar mto grande vou selecionar outras e faço um proximo com mais bandas e músicas do genero..

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Lugnassad

Diferente do que acontece com o Imbolc, o Lugnassad já é uma festividade que não deixa duvidas sobre a sua data e nem sobre seu propósito.

Celebrado no dia 1ª de Agosto o Lugnassad tem como objetivo lembrar a morte da mãe adotiva de Lugh que em seu leito de morte fez um ultimo pedido ao filho, que a data de sua morte fosse lembrada com celebrações e festas e não com lamentos e dor.

Lugh foi criado desde da tenra infância com grande carinho por Tailtui, mulher que na origem era uma simples serva das mais humildes entre os Tuatha Dé Danann, mas que pelo o qual o "Mestre dos Mil Talentos" sempre nutriu mais carinho e respeito do que por seus verdadeiros pais biológicos (Cian e Ethniu) - apenas casados por conta de acordos políticos para selar aliança entre os Formorianos e Tuatha Dé Danann.
Explica-se tamanho amor filial de Lugh , pois como mestiço era visto com desconfiança e até desprezo tanto pelos familiares do lado materno quanto paterno, apenas restando como apoio aquele dado de maneira solitária por Tailtui que impossibilitada de ter seus próprios filhos correspondeu dando a ele tudo o que podia em afeto maternal possível de ser humanamente concedido.
Não resta dúvida que foi Tailtui a principal responsável em motivar o jovem Lugh lutar por um lugar ao Sol de destaque tanto entre Formorianos quanto os Tuatha Dé Danann, impelindo desde cedo a praticar esportes e estudar com afinco ao ponto de ficar invencível como guerreiro, virar o mais habilidoso dos artesões e um sábio reconhecido pelo valor da extensão de seu conhecimento enciclopédico.
Não por menos em nome de honrar a memória e sabedoria de sua mãe de criação Lugh fez questão de instituir na data da morte de Tailtui (01 de agosto) uma espécie de "feriado" religioso. Posteriormente que consolidou-se o Lugnassad como uma data anual de esportes em honra a Lugh que sempre se revelou um aficionado por todo tipo de disputa.

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Os símbolos celtas animais Pt 1

Invocando os poderes insondáveis ​​dos animais, o povo da Irlanda antiga usava o simbolismo dos animais na sua arte, cotidiano e magia.

Os celtas irlandeses olharam para os animais da terra, céu e mar e  encontraram professores, amigos e curandeiros. Junto com este fascínio e quase adoração de símbolos animais, os celtas irlandeses reverenciavam a própria Natureza, seja na forma de plantas, animais ou elementos.

Eles acreditavam que os animais estavam lá para nos ensinar como viver em harmonia com a Natureza. Através dos símbolos animais, os celtas da Irlanda procuravam se comungar com tanto o visível como o invisível.

Desenhos celtas animais tinha uma grande variável de formas e significados. As curvas graciosas das borboletas, o poder do touro, a ameaça espiral da cobra, os celtas acreditavam que os animais surgiram a partir do outro mundo, de onde vinham os elfos e fadas.

Com suas capacidade de vôo, natação, velocidade fenomenal, visão aguçada e olfato, e de grande força, esses mensageiros dos deuses parecia estar além do poder do homem.

Podemos ver este laço com a Natureza, não só no artesanato primitivo dos celtas, mas também na arte da Irlanda. Hoje, as moedas irlandesas são cunhadas com símbolos de animais como pavões, salmão e veados.

O touro -  representa principalmente a força de vontade, intransigência,e como traços de personalidade teimosia e inflexibilidade ( que leva até o termo “ cabeça de touro” para simbolizar pessoa teimosa.

Por outro lado o touro também é um símbolo de virilidade masculina e fertilidade feminina, muitas vezes utilizado com uma simbologia sexual.

Uma terceira simbologia para esse animal é riqueza de bens, provavelmente por esta criatura ser uma grande fonte de alimento e abundancia.

Borboleta – Na cultura celta o simbolismo da borboleta é semelhante ao simbolismo em outras tantas culturas, este belo animal representa inspiração, transformação e renascimento. O conceito de renascimento na cultura celta é particularmente importante em termos de reciclagem de vida -  tanto no plano físico como no espiritual.A transição é comum à toda vida e a mulher celta era consciente disso por esse motivo era muito comum encontrar desenhos de borboletas tanto em vestido de noivas como roupas de parto para simbolizar a transição para uma nova fase da vida.

Gato- O gato também tem o mesmo simbolismo em praticamente todas as culturas, é o guardião de outros mundos, mas especificamente o submundo. Silencioso, astuto e misterioso não são apenas os guardiões de outros mundos mas também um elo entre eles e por este motivo um animal temido e muitas das vezes evitado pelos celtas, apesar de usarem os gatos em muitas representações artísticas eles não mantinham este animal por perto e em algumas tribos atraia má sorte apenas de cruzar com um gato e eles não tinham o costume de domesticar este animal, então para quem tem a velha imagem na cabeça da bruxa celta com seu gato preto isso não acontecia.

O Cão – também tem uma representação bem familiar para o celtas que tinham o mesmo simbolismo para o cão e para o lobo, simboliza lealdade, amizade, companheirismo e proteção. O cão representava boa sorte e suas representações eram comuns em objetos decorativos, roupas e etc.Havia também a crença de que o cão  trazia boa sorte, alem disso dificilmente você encontrava um celta sem um cão ao lado, eles eram uma necessidade de vida principalmente por causa da caça, por esse motivo ele era altamente considerado.

Alem do simbolismo de fidelidade, devoção, fé e amor incondicional eles eram sagrados para as fadas da Irlanda e da Escócia , os lobos também simbolizavam aprendizagem e intuição profunda.

Golfinho – Suas aparições na costa irlandesa fez com que o celtas os tornassem um símbolo de amizade e sorte. Seu status de sorte talvez tenha sido relacionado porque eles eram mais comumente visto nos mares quando as águas estavam calmas ou teria sido a calmaria que chamou os golfinhos para a superfície? Nunca teremos certeza, mas independente disso o golfinho visto como um animal de sorte e mais sua inteligência fez com que ele fosse muito respeitado entre os celtas.

Ganso -  estes animais eram comuns das terras verdes da Irlanda, e sua migração era muito observada pelos celtas; O ganso lida com nossa própria natureza migratória e transitória, nossas mudanças de humor e sentimento.

Alem disso o ganso também é um símbolo forte do lar, sempre retornando ao mesmo lugar toda primavera e os celtas sendo patriotas o sinal do ganso era um símbolo muito forte do lar sempre adornando as casas para assegurar o regresso dos guerreiros.

Grifo – Um criatura antiga reverenciada em quase todas as culturas, o grifo celta é um símbolo da dualidade, tendo metade do corpo de uma águia e a outra de um leão ( dependendo da região encontramos o grifo representado por metade cavalo, serpente ou cão), mas o significado do grifo é sempre idêntico a DUALIDADE.

Desenhados em túmulos os grifos são guardiões e protetores da vida e permanecem fieis a proteção mesmo após a morte, o grifo também representa a nobreza, virtude, força e proteção. Porem por ser um símbolo muito forte e de grande poder ele era usado apenas quando a atenção dos mais poderosos deuses precisava ser chamada e seu uso era reservado apenas em necessidades especiais, desperdícios ou evocações por razões egoístas podia trazer maldições a quem o evocou.

Continua ...

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Imbolc

O Festival de Imbolc ( ou Imbolg) por muitas vezes foi conhecido por Dia da Noiva e posteriormente Candlemas ( candelária) após a cristianização forçada da Europa, hoje ele é celebrado no Inicio de fevereiro ( em algumas regiões dia 2 e em outras  1 de fevereiro)

Mas o povo Gaelico não possuía o mesmo calendário que usamos hoje, chamado de faoilleach ou faoillteach, o mês que era celebrado o Imbolc  era contado desde o meio do nosso janeiro ate o meio do nosso fevereiro, esta palavra em irlandês quer dizer “ mês do lobo”.

Nós usamos este nome para o mês de fevereiro por causa do ritual romano da Februa, derivado do latim februum ( purificação), que era realizado no dia 15 de fevereiro pelo calendário romano antigo.

Imbolc  vem do Irlandês antigo I mbolg e significa “ na barriga”, dentro da cultura celta Irlandesa esse festival é uma reverencia  à deusa Brigith.

Ritos de noiva foram preservados até hoje pelas mulheres do interior da Escócia. No dia do Imbolc, as mulheres se reúnem e fazem uma imagem da Deusa,vestem ela de branco ,colocam um cristal sobre o coração e a coloca em uma cesta de palha a noiva da família é então convidado a entrar na casa pela mulher mais velha do lar logo em seguida há uma celebração com cânticos e danças para Brigith.

Não há como hoje em dia pela falta de material histórico chegar a uma data precisa do dia verdadeiro do Imbolcs, Sabemos porem que Brigith nasceu em um dia de primavera e que os antigos Irlandeses celebrava o dia do seu nascimento no meio do seu calendário o que chega a data aproximada do dia 1ª ou 2 de Fevereiro no nosso atual calendário.

O que se comemora nesta data é o nascimento de Brigith e suas atribuições como Deusa,

Os antigos templos de brigith tinham 19 sacerdotisas que eram responsáveis por manter as chamas sagradas acesas perpetuamente, infelizmente com a invasão cristã da Irlanda seu templo foi saqueado, suas sacerdotisas assassinadas e o fogo perpetuo apagado definitivamente; Então como se o insulto já não fosse o suficiente os cristãos mais tarde transformaram Brigith em uma santa cristã para possivelmente persuadir com mais facilidade os Irlandeses recém convertidos ao cristianismo e até hoje a santa cristã que leva o nome de Brigith é venerada como uma santa na Irlanda.

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Festivais

A Bruxaria Tradicional não segue roda do ano, e nossos festivais nada tem a ver com as estações do ano ou as mudanças sazonais, os ritos dos festivais são feitos baseados na mitologia da data.

Todos os rituais hoje celebrados pelos pagãos embora muitos ainda não saibam disso eles tem uma historia mitológica por trás que não tem absolutamente nenhuma ligação com as estações do ano, então você nunca verá um Bruxo Tradicional dizer que celebra “rodas”, ele apenas celebra os rituais anuais, alguns celebram apenas os maiores, outros os maiores e menores, mas seja como for esta celebração é feita para lembrar o acontecimento mitológico por trás de cada festival.

Em alguns casos principalmente em outras regiões também consideradas celtas alguns desses festivais foram assimilados a agricultura ou até mesmo à algumas estações ( já que ainda há uma grande polemica pelo fato dos celtas não celebrarem equinócios apenas os solstícios.), mas o foco da celebração do festival, seja ele próximo a uma data de colheita ou não sua origem vem do mito por trás de cada festival.

Veremos agora os Ritos Maiores e posteriormente os Menores.

Entenda ritos Maiores como as quadro grandes festividades Celta Irlandesa, porque sim!! São Irlandesas! Os chamados 4 grandes festivais  do ano tem origem na Mitologia Celta Irlandesa.

Os Ritos menores são festivais que também fazem parte do calendário anual de celebrações celtas porem quase ninguém conhece ou celebra.

O que as vezes me deixa chateada é que muitos pagãos celebram estas festividades sem ao menos saber a origem, o que simbolizam e qual é o mito por trás de cada um, mas vou tentar colocar aqui de forma bem simples o que eles representam mitologicamente em publicações separadas para cada festival para que não fique uma postagem muito extensa.

Peço que tenham um pouco de paciência, pois todas estarão com seus marcadores para ficar mais fácil encontrar para futuras consultas.

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Elementos Pt I - Ar

Este é o primeiro de uma serie de quartro publicações falando sobre os 4 elementos e como eles são aplicados dentro da magia e no nosso cotidiano. 

Elemento - Ar

Ar - O Ar é o elemento do intelecto; é o domínio do pensamento, que constitui o primeiro passo para a criação

Em termos de magia, o ar é a visualização clara, límpida e pura, a qual é um poderoso instrumento de mudança. É também movimento, o ímpeto que envia a visualização ao encontro da manifestação.

Rege os encantamentos e rituais envolvendo viagens, instrução, liberdade, obtenção de conhecimento, descoberta de itens perdidos, revelação de mentiras e coisas do gênero.

Pode também ser utilizado no desenvolvimento das faculdades psíquicas.

Encantamentos envolvendo o ar normalmente incluem o ato de posicionar um objeto no ar ou atirar algo do alto de uma montanha ou lugar alto, de modo que o objeto conecte-se fisicamente de fato com o elemento.

O ar é um elemento masculino, sendo seco, expansivo e ativo. É o elemento que domina os locais de aprendizado, e que atua enquanto teorizamos, pensamos e ponderamos.

O ar rege o leste porque essa é a direção da grande luz, a luz da sabedoria e da consciência. Sua cor é o amarelo, o amarelo do sol e do céu da aurora, e sua estação é a primavera.

O ar rege a magia dos quatro ventos, a maioria das adivinhações, a magia de concentração e visualização.

Sem ar, nosso planeta seria um globo sem vida. Nenhuma forma de vida conhecida poderia existir sem a combinação de gases com que nosso planeta é felizmente abastecido.

Apesar de invisível, o ar é uma parte essencial da vida. Não é apenas necessário para a continuidade da vida, mas afeta também nossas vidas de modos normalmente dramáticos. Por ser invisível e mesmo assim tão poderoso, tem sido utilizado em magia por eras, e também encontrou seu espaço – por meio dos ventos – no folclore e na mitologia de povos por todo mundo.

Os encantamentos e técnicas aqui oferecidos utilizam o poder do Ar elemental, mais bem visualizado na forma de uma forte rajada de vento. Muitos dos encantamentos requerem vento, ou ao menos uma brisa, e inclusive encantamentos para controlar os ventos.

Elementais do Ar 

Já vimos sobre o elemento em si, mas precisamos saber também que cada elemento possui um ser que chamamos de elemental, algumas tradições acreditam que fadas fazem parte desta lista porem eu discordo, para mim elas são seres mágicos, mas este tema vamos ver mais para frente.

Silfos, estes são os elementais do ar, alguns estudiosos que já tiveram a sorte de ver estes seres os descreve como grandes, alados, e de uma presença magnífica, assexuados e um tanto que angelicais, eu pessoalmente nunca tive a oportunidade de ver um silfo então me contento com a descrição de pessoas que já tiveram esta sorte.

Arredios e de pouco contato com seres humanos, silfos são responsáveis pelo ar em si, talvez o mais distante em contato de todos os elementais mas porem um muito importante para a manutenção da natureza do planeta e também para a nossa sobrevivência.

Como todo elemental ele possui um Rei, um líder a qual chamamos de Paralda, dizem que este ser o mais velho e mais sábio entre todos os silfos vive na montanha mais alta do planeta .

Ligações com os elementos

A ligação pessoa de uma pessoa como um elemento é muito importante, interfere em tudo na vida de uma pessoa, seja de forma positiva ou negativa, o que muda não é o elemento e nem o papel que este elemento tem na vida de um individuo e sim o quanto este elemento esta ativo em determinadas fases de nossas vidas.

O desequilíbrio elemental na vida de uma pessoa pode trazer problemas graves, como problemas de saúde, problemas de comportamento e ate mesmo influenciar em como a pessoa lida com o mundo e com as pessoas a sua volta.

Excesso de ligação com o elemento Ar

O desequilíbrio de alguém com o elemento ar pode trazer muito males a pessoa como eu já disse , mas o que acontece com alguém quando esta com desequilíbrio em excesso desse elemento?

Sabemos que o ar rege determinados pontos da nossa vida, seja ela espiritual, psicológica e física, já vimos que o ar é um elemento do intelecto, da mente, dos pensamentos, da comunicação, das palavras, mas também é um elemento frio, assexuado e livre.

Uma pessoa que sofre demasiada interferência do elemento ar, geralmente se mostra uma pessoa com muito dificuldade a se ligar a algo ou alguém, isso pode se refletir a dificuldades de se estabilizar em um emprego, em uma profissão, em um relacionamento,  pode se tornar uma pessoa fria, amarga, insatisfeita sempre procurando algo que nunca encontra ou nunca se satisfazendo com o que tem, torna-se alguém ingrato consigo mesmo e com a vida e não consegue nem ao menos enxergar as próprias vitorias e conquistas, sempre desejando mais de si mesmo e das pessoas, porque não consegue enxergar o que tem de bom em ninguém e nem em si próprio.

Tende alem de tudo ser uma pessoa pouca ligada a sexo ou ligada porem insatisfeita, procura sempre em outra pessoa algo que nem ao menos ela sabe dizer do que se trata, ou em alguns casos se torna alguém assexuado, incapaz de sentir prazer sexual ou mesmo dar prazer sexual a alguém.

Outra influencia negativa que podemos notar com o excesso de ligação com o ar é na comunicação, uma pessoa com muito ar na sua vida tende a ser uma pessoa muito comunicativa isto seria um ponto positivo se não fosse o excesso, pessoas que falam demais, não guardam segredos ou mesmo não conseguem controlar o que falam e nem para quem fala, pessoas que machucam com palavras sem ao menos pensar nas consequências, são pessoas que estão muito ligadas ao ar ao ponto de perderem o controles sobre sua comunicação, o ar também rege o intelecto e o raciocínio então uma excessiva ligação com este elemento também pode causar uma mente muito inquieta, causando muitas dores de cabeça e uma mente hiperativa, dificuldades de concentração e raciocínio, por pensarem muito em um determinado assunto ou por pensarem em muitas coisas ao mesmo tempo sendo assim impossível de organizar seus pensamentos para que consigam ver com clareza uma situação ou um problema e consiga achar soluções para seus problemas e dilemas pessoais.

Falta de ligação com o Ar

Já vimos o que ar demais é capaz de causar a uma pessoa, mas e a falta dele?

Pessoas que possuem um desequilíbrio para menos desse elemento, tendem a ser quietas, passivas, e medrosas, pessoas com pouco ar raramente consegue verbalizar sentimentos, vontades, ou ate mesmo uma dor ou insatisfação com algo, são pessoas frustradas não por insatisfação com tudo como é o caso de quem tem muito ar e sim pela incapacidade de conseguir expressar o que sente ou mesmo o que deseja.

Fisicamente pode causar problemas de ordem respiratória pois compromete toda a via respiratória de uma pessoa, asma, rinite, bronquite e outros males relacionados a respiração é muito comum em pessoas que possuem pouco desse elemento.

Dificuldade de concentração, mente avoada, pensamento longe que não consegue organizar, falta de memória, dificuldade de aprendizado tudo isso é um sinal de falta desse elemento na vida de uma pessoa.

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Rituais VS feitiços

Já ouvi muita gente dizer “ fiz um feitiço para tal deus” ou “ fiz um ritual de amor” , mas será que as pessoas sabem a diferença entre fazer um feitiço e fazer um ritual?

Toda vez que uma divindade é envolvida em um ato de magia é chamado de ritual, a palavra ritual significa “ relativo a cerimônia religiosa” então entende-se que se não tiver nenhuma divindade envolvida na sua pratica não é um ritual.

E feitiço?? O que é ? As definições para feitiço no dicionário são tão absurdas que eu me arrependi de ter procurado antes de postar aqui, então para quem estiver curioso só entrar em um dicionário online que vai achar, eu vou explicar dentro das minhas praticas na  Bruxaria Tradicional o que é um feitiço.

 

Um feitiço é quando uma magia é feita sem nenhuma influencia divina, quando apenas elementos da natureza ou correspondências são utilizados para a confecção dele.

Então resumindo, quando você faz algo que não envolva nenhuma divindade é um feitiço e quando uma ou mais divindades são evocadas é um ritual.

É uma coisa tão simples que eu nem sei se merecia uma postagem para explicar isso mas como eu já vi muitas pessoas errarem nesse detalhe tão simples achei por bem explicar aqui.

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Bruxaria e ética

Como falei na postagem anterior o cristianismo foi responsável por muitas perdas da cultura e conhecimento de nossos ancestrais mas ele não foi culpado sozinho pelas perdas que tivemos na nossa religião pagã, a culpa também foi da ganância humana, a sede pelo poder e controle que parece fazer parte da natureza humana.

Com mistura das praticas pagãs e o cristianismo no começo da era cristã muito foi se mesclando, chegando ao ponto de não sabermos mais identificar o que é pagão e o que não é de muitos rituais cristãos ( a não ser por olhos mais críticos e cheios de sabedoria podemos identificar muitas das praticas de nossos antepassados pagãos nas atuais praticas religiosas cristãs).

Mas isso foi identificado por alguns que não perderam tempo em usar a magia latente nesses rituais para fins nada éticos, mas esse é um assunto que eu não vou me aprofundar, vamos então falar de ética.

A magia ela não é boa e nem ruim, ela apenas é!! E usa-la para o bem ou para o mal depende de quem a usa e não da magia, se bem que o conceito de bem e mal também é relativo, então o que seria ética dentro das praticas da bruxaria tradicional, como vemos e julgamos nossos atos dentro de uma visão ética?

O Neo-paganismo deu seu jeitinho para resolver essa questão “ Faça o que quiser sem a ninguém prejudicar”.criando assim a lei tríplice baseada no modelo universal da lei do retorno.

A lei do retorno é universal, me arrisco a dizer isso mesmo não conhecendo todas as leis do universo ( o que seria muita pretensão da minha parte) porque o universo é um espelho e eu acredito que ele seja um espelho em qualquer canto do universo que você esteja. Esta lei afirma que tudo que é feito volta para você como um bumerangue, causa e efeito, ação e reação, funciona como um espelho aonde você se torna resultado de seus pensamentos e ações.

O neo-paganismo acredita que este retorno se dá em uma dose de três, isso é uma crença neo pagã não compartilhada por bruxos tradicionais.

Baseada em minha experiências pessoais acredito que, quando fazemos algo de ruim ou bom a alguém este retorno certamente virá, não multiplicado por três pois não há como prever seu retorno nem quando e nem de que forma ele se dará, então eu aprendi que na duvida não faça, pois nossa consciência e nossa intuição é bem capaz de nos dizer quando estamos no caminho certo ou errado de uma atitude e se elas estão na frente de qualquer ato sempre tomamos a decisão certa.

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Bruxaria Religião e Ofício

Que a bruxaria não é coisa do diabo como a fé cristã divulgou ao longo desses 2 mil anos se você chegou ate aqui você sabe, pois da sua origem a palavra bruxa quer dizer  “ sabia”, mas infelizmente esta palavra acabou se tornando sinônimo de maldade, sacrifícios humanos e animais, crueldade e magia negra, mas nem sempre foi assim.

Quando a bruxaria era uma arte comum e respeitada, ser uma bruxa era sinônimo de sabedoria, apenas uma pessoa sábia, estudada e dotada  de talentos ocultos podia ser uma bruxa, e Ra uma figura sempre respeitada e admirada pela sociedade em que vivia.

Ela era a parteira, a medica e a consultora espiritual, era a conhecedora das ervas medicinais, que acalmava as crianças, curava os enfermos e ajudava as pessoas em diversas situações, era a que podia prever o futuro e aconselhar o chefe de uma aldeia ou vila, enfim era muito útil de grande honra ter uma bruxa em um sistema de sociedade da época, digo sistema de sociedade porque na época a maioria das pessoas não vivia em grandes centros urbanos como hoje, a maioria vivia em pequenas vilas ou aldeias, eram comunidades pequenas que viviam quase que exclusivamente do que plantavam e também dos animais que criavam.

Embora ajudar o próximo fosse algo prazeroso para uma pessoa espiritualmente evoluída como uma bruxa ela recebia pagamentos pelos seus serviços prestados, pagamento que se dava na maioria das vezes atrás de espécie, então pode- se dizer que a bruxaria também era um ofício.

Um ofício de pessoas sábias, inteligentes e muito espiritualizadas, e já que o paganismo era a religião desses povos a bruxa era a ponte entre o mundo espiritual e o material.

Mas ser bruxa nessa época não era um privilegio para poucos, mulheres e homens procuravam estudar as artes da magia e espiritualidade. No antigo Egito por exemplo os moradores de uma residência sempre escolhiam uma pessoa da casa para passar temporada nos templos com os sacerdotes para aprender o oficio da magia, passado esse período a pessoa retornava para seu convívio social e ensinava para os demais membros da família o que foi aprendido no templo e dessa forma ensinava aos demais as praticas religiosas, a magia e assim ajudando na evolução espiritual dos demais. No tempo em que o jovem permanecia no templo ele aprendia não apenas magia como também rituais sagrados dedicados aos deuses egípcios para poder então passar esse conhecimento aos demais membros da família, então podemos dizer quem em todo lar egípcio não tinha apenas uma bruxa como também uma sacerdotisa.

Os antigos Maias possuíam uma faculdade para ensinar os membros da sociedade a arte da magia, astrologia, ciências e medicina, e todas as artes eram consideradas parte integrante da magia e dos ensinamentos daquele povo.

Infelizmente com a chegada do cristianismo e posteriormente com a inquisição das bruxas e a religiosidade pagã passou a ser caçada e seus ensinamentos foram se perdendo de forma lastimável ,e a bruxa que antes era a sabia passou a ser a velha feia e cruel que vemos hoje em filmes e contos de fada.

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Bruxos são Solitários

Na bruxaria tradicional um grupo de indivíduos que se reúne para alguma celebração geralmente são chamados de “Clan” ou “Família”, dificilmente a palavra “Coven” é usada para denominar estes grupos.

Um grupo se reúne geralmente para celebrações especificas como grandes festivais ou para algum ritual em grupo que se faça necessário. Durante o tempo restante seus membros são solitários, mesmo porque um bruxo tradicional é naturalmente solitário em suas praticas, vou explicar.

A ligação que um bruxo tradicional tem com suas divindades costuma ser algo muito pessoal, nossa visão das divindades não é como a visão cristã de “Deus”, não enxergamos nossos deuses como criaturas a serem adorados e temidas enquanto temos que nos curvar diante da sua “ira divina”. Pelo contrario, nossos deuses são dignos de respeito sim, porem nossos laços com eles são mais para uma amizade e respeito do que para temor, é comum um bruxo tradicional questionar algo com uma divindade e ate descordar de alguma coisa, por este motivo o contato mais pessoal, intimo e solitário entre um bruxo e suas divindades é necessário.

A realização de feitiços é uma pratica solitária e creio eu que seja não apenas na bruxaria tradicional como também em outras vertentes da magia, porque após um feitiço um bruxo não deve compartilhar o feito, já que sabemos que qualquer influencia externa pode afetar o resultado de uma magia,por este motivo a pratica de feitiços em grupo não é aconselhável.

Qual a importância de um grupo para um bruxo tradicional?

A geração de energia durante um ritual, a confraternização em um festival, são uns dos benefícios de se pertencer a um grupo.

A troca de experiências e de energia que se tem em um grupo é algo que um bruxo tradicional não pode realizar sozinho.

É necessário ter um mestre para praticar a bruxaria tradicional?

Não!! Você não precisa de um mestre,  pertencer a um grupo de estudos para praticar a bruxaria tradicional, é claro que se você tiver um mestre para te orientar tudo ficará mais fácil e rápido, mas uma pessoa é bem capaz de trilhar seu caminho dentro da bruxaria tradicional de forma solitária sem ser maneira absoluta inferior a alguém que o fez com a ajuda de um mestre.

Como identificar um mestre em um grupo de bruxaria tradicional?

Um mestre não é o mais “poderoso” do grupo nem tão pouco especial ou superior aos demais, para ser um mestre na bruxaria tradicional são necessários duas coisas: Conhecimento e Dom para passar o conhecimento a outras pessoas.

Algumas pessoas nascem com este dom natural, conseguem transmitir de forma fácil seu conhecimento, a verdade é que quem já precisou ensinar algo a alguma pessoa sabe que este é um dom para poucos

Sempre um bruxo tradicional que escolhe seguir este caminho sente que deve passar seu conhecimento e este compromisso é firmado diante dos deuses em sua iniciação.

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Ancestrais - Herança Espiritual

Espíritos guias – Todos nós nascemos com pelo menos um espírito guia, mas geralmente estes números são bem maiores.

Estes espíritos estão conosco para nos ajudar, ensinar e as vezes ate nos proteger.

Alguns passamos a vida toda sem nunca saber da existência deles, outros temos um contato mais freqüente, seja em sonhos ou projeções. Vou citar alguns exemplos.

Espírito Ancestral  - Este é um espírito familiar, entenda-se ancestralidade não necessariamente sanguínea, quando dizemos que temos um espírito ancestral não quer dizer sempre que seria um espírito de algum ancestral sanguíneo direto seu ( como avós, bisavós e etc.) Ancestral neste caso se refere ao seu espírito, sua origem, de onde ele veio, sua fonte primordial e estes sempre são evocados durante um ritual seja para auxiliar durante o rito ou em festivais específicos para eles como o Sanhain por exemplo.

Espírito Animal – Todas as tradições da bruxaria tradicional tem suas raízes bem fundas no xamanismo, quando se fala em Xamanismo se vem logo a mente a imagem de um velho indígena norte americano sentado em uma tenda rodeado por seus animais totens. Pois é, mas xamanismo não é apenas este praticado por índios, na verdade toda forma primitiva de referencia a natureza é considerado xamanismo.

O espírito animal então não é uma crença apenas dos indígenas norte americanos é também uma crença muito antiga européia, como eu disse anteriormente sobre reencarnação, há algumas tradições que acreditam que o espírito após reencarnar pode voltar em forma de um espírito animal.

O espírito de um animal serve sempre a um propósito em nossas vidas, qual é este propósito depende do animal e suas qualidades, por exemplo um animal que tem como característica principal a força ou a defesa, vai servir geralmente para este propósito em nossa vida e isto também já pode lhe dar uma dica  dos desafios e obstáculos que terá que enfrentar nesta sua jornada terrestre.

Deuses pais – Outra coisa importante que devemos sempre conhecer assim que começamos a trilhar nosso caminho dentro da espiritualidade mágica é nosso deus pai ( ou mãe), não quer dizer que você seja descente direto de uma divindade se bem que de certa forma todos somos, mas neste caso quer dizer que há uma divindade especifica que você pode evocar nesta vida que sempre te dará apoio e ajuda em momentos difíceis ou em momentos que sua presença se torne necessária.

Entrando em contato com seus espíritos guias

Cada tradição possui um ritual, uma forma particular de entrar em contato com estes seres espirituais, na verdade a maneira de fazer isto são muitas.

Espíritos ancestrais geralmente se aproximam de nós de uma forma muito natural, se apresentam para nós desde cedo, geralmente em sonhos e projeções, na maioria das vezes em forma de pessoas nos ajudando ou nos ensinando.

Espíritos animais geralmente se apresentam com rituais específicos para este fim, e sempre a iniciativa parte de nós e não deles para se dar este contato, raras exceções em que o animal tenta uma aproximação em sonhos e projeções, porem isto ocorre geralmente quando se faz muito necessária a sua presença na vida da pessoa.

Deuses país estes precisam de um contato um pouco maior e profundo com rituais, e estudo mais aprofundado sobre a mitologia de um panteão. Conforme você estuda uma divindade ou um conjunto de deuses acaba por se identificar mais com uma divindade especifica, quando se tem este contato com esta divindade ela te ajuda  muito em seu caminho, em seus ensinamentos, mas isso não quer dizer que você tenha que cultuar esta divindade em exclusividade, apesar de algumas pessoas fazerem isso não é uma regra a ser seguida e nem uma exigência divina.

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