Que a
bruxaria não é coisa do diabo como a fé cristã divulgou ao longo desses 2 mil
anos se você chegou ate aqui você sabe, pois da sua origem a palavra bruxa quer
dizer “ sabia”, mas infelizmente esta
palavra acabou se tornando sinônimo de maldade, sacrifícios humanos e animais,
crueldade e magia negra, mas nem sempre foi assim.
Quando a
bruxaria era uma arte comum e respeitada, ser uma bruxa era sinônimo de
sabedoria, apenas uma pessoa sábia, estudada e dotada de talentos ocultos podia ser uma bruxa, e Ra
uma figura sempre respeitada e admirada pela sociedade em que vivia.
Ela era a
parteira, a medica e a consultora espiritual, era a conhecedora das ervas
medicinais, que acalmava as crianças, curava os enfermos e ajudava as pessoas
em diversas situações, era a que podia prever o futuro e aconselhar o chefe de
uma aldeia ou vila, enfim era muito útil de grande honra ter uma bruxa em um
sistema de sociedade da época, digo sistema de sociedade porque na época a
maioria das pessoas não vivia em grandes centros urbanos como hoje, a maioria
vivia em pequenas vilas ou aldeias, eram comunidades pequenas que viviam quase
que exclusivamente do que plantavam e também dos animais que criavam.
Embora ajudar
o próximo fosse algo prazeroso para uma pessoa espiritualmente evoluída como
uma bruxa ela recebia pagamentos pelos seus serviços prestados, pagamento que
se dava na maioria das vezes atrás de espécie, então pode- se dizer que a
bruxaria também era um ofício.
Um ofício de
pessoas sábias, inteligentes e muito espiritualizadas, e já que o paganismo era
a religião desses povos a bruxa era a ponte entre o mundo espiritual e o
material.
Mas ser bruxa
nessa época não era um privilegio para poucos, mulheres e homens procuravam
estudar as artes da magia e espiritualidade. No antigo Egito por exemplo os
moradores de uma residência sempre escolhiam uma pessoa da casa para passar
temporada nos templos com os sacerdotes para aprender o oficio da magia,
passado esse período a pessoa retornava para seu convívio social e ensinava
para os demais membros da família o que foi aprendido no templo e dessa forma
ensinava aos demais as praticas religiosas, a magia e assim ajudando na
evolução espiritual dos demais. No tempo em que o jovem permanecia no templo
ele aprendia não apenas magia como também rituais sagrados dedicados aos deuses
egípcios para poder então passar esse conhecimento aos demais membros da família,
então podemos dizer quem em todo lar egípcio não tinha apenas uma bruxa como também
uma sacerdotisa.
Os antigos
Maias possuíam uma faculdade para ensinar os membros da sociedade a arte da
magia, astrologia, ciências e medicina, e todas as artes eram consideradas
parte integrante da magia e dos ensinamentos daquele povo.
Infelizmente com
a chegada do cristianismo e posteriormente com a inquisição das bruxas e a
religiosidade pagã passou a ser caçada e seus ensinamentos foram se perdendo de
forma lastimável ,e a bruxa que antes era a sabia passou a ser a velha feia e
cruel que vemos hoje em filmes e contos de fada.
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